O Reencantamento da Terra (Saúde e Psicologia)

Discorrer sobre os mistérios do Novo Evangelho, é trazer luz sobre pungentes questões que dizem respeito, de forma objetiva, acima de tudo à humanidade em seu próprio nível. É elucidar a natureza e as correlações de dois princípios terciárias, o Espírito Santo e a Criação, e é deitar as bases de um inédito humanismo espiritual. É aprofundar e universalizar, em definitivo, aos chamados Mistérios Marianos. Em termos práticos, é reconhecer na Natureza o fundo universal que possui, em termos físico, psicológico, mental e espiritual, além, de culturalmente, conferir à Ecologia a importância que merece, a partir da identificação de uma dimensão maior a ela relacionada, enquanto parte divina. É, enfim, ancorar no foro humano as maiores realizações possíveis, em temos de saúde, amor, ciência e sabedoria. O Evangelho da Natureza é a grande chave revelada para o resgate da magia e para o reencantamento da Terra.

APRESENTAÇÃO ...... HOME ......INICIAL......EDITORA.......VIDEOS.......GRUPOS

Maitreya, o Libertador

 

Uma das grandes tarefas do Buda Maitreya é atuar como Manu ou Mentor na organização de uma nova civilização. Em algum grau todo avatar realiza isto, mas os Manus realmente transformam as coisas, reformando uma civilização cujos dias de glória tem ficado já muito atrás. Para isto Maitreya preparou-se de uma forma especial, renovando os seus votos de serviço abnegado à humanidade. 

Como isto se deu? Apesar de praticamente jamais haver se envolvido com a política mundana, e também gozar pessoalmente de uma situação econômica confortável, Maitreya cedo foi levado a tomar uma aguda consciência das precárias condições sociais da humanidade e em especial de sua própria região. Esta seria inclusive uma das razões para o seu afastamento do mundo. Mesmo assim ele seguia como um observador atento das coisas. E para que não esquecesse a gravidade do quadro, vez por outra tinha sonhos alertadores sobre a crueldade e a hipocrisia do sistema.

Depois da sua iluminação, as questões da Sociologia Tradicional começaram a assomar naturalmente em sua consciência, afinal ele estava agora administrando energias de alcance planetário e desejava encontrar formas de auxiliar a humanidade a reencontrar os caminhos da luz e da verdade. 

Deste modo, enquanto Maitreya desenvolvia o seu primeiro veículo búdico que é o de plenitude ou o sambhogakaya, os temas da Sociologia estavam entre as suas principais preocupações. Neste período, Maitreya começou a desenvolver um conhecimento vasto como o Universo, organizando também uma rica biblioteca para apoiar suas investigações sobre os grandes temas que os seus Mentores internos vinham lhe sugerindo desenvolver em prol da restauração dos Mistérios Tradicionais.

No entanto, a certa altura Maitreya foi levado a compreender que todo este conhecimento ainda carecia de alcance e de profundidade. Percebeu também que a autoridade pessoal não seria a forma mais segura de auxiliar a humanidade, porque as pessoas tendem ao culto da personalidade, além de poder atrair colaboradores duvidosos. Deveria haver uma forma melhor de auxiliar, e para alcançar isto Maitreya decide despir-se novamente de si mesmo, despojando-se de seus bens e de todos os confortos que havia então acumulado naturalmente por herança. De modo que, apesar da idade relativamente avançada, decide renunciar a todas as suas posses em nome da renovação dos horizontes do seu saber em prol da humanidade. 

A partir disto ele começa a ter acesso a conhecimentos vivos também um plano ainda maior, capacitando-se a auxiliar ativamente o planeta como um todo e tornando-se um Buda também maior ocupando um novo veículo de Dharma, Lei ou Verdade, o Dharmakaya dos Budas. Seu saber agora era não apenas vasto como o universo, mas também profundo como os oceanos.

1. O Calendário Social

Ao receber todas as chaves da nova raça, ele pode desfazer-se de sua biblioteca e lançar-se novamente ao mundo para tratar de orientar as pessoas nos caminhos da sua libertação e na organização de uma nova sociedade, rumando então para uma idade de ouro da cultura e da civilização.

Pela primeira vez Maitreya teve acesso a um calendário detalhado da evolução da humanidade -e provavelmente também o mundo em muito tempo. E com isto ele sabia exatamente o que deveria ser feito para beneficiar este Plano evolutivo para que as coisas chegassem a bom termo. 

Orientado desta forma pelos preciosos conhecimentos do Calendário Sócio-Regional da formação da nova raça-raiz, Maitreya agora conhecia exatamente para onde as pessoas deveriam dirigir-se para que esta evolução pudesse dar-se devidamente. 

E assim Maitreya deu início a uma grande pregação sobre os caminhos das sociedades emergentes na luz, os quais demandavam uma conscientização e ações direcionadas uma vez que os obstáculos também eram grandes em função dos contrastes de interesses existente na sociedade.

Na verdade Maitreya compreendeu o enorme desequilíbrio demográfico existente entre os setores da nação, e concluiu que ninguém poderia ser feliz desta forma. Um grande êxodo urbano dos litorais para os interiores fazia-se necessário. Os novos assentamentos também deveriam ser uma adaptação dos ashrams espirituais, para que as pessoas fossem objetivamente iniciadas na espiritualidade, para além das místicas vagas e descompromissadas que são comuns nas sociedades urbanas.

Maitreya sabia que a maior prisão que o ser humano possui está em sua mente, o seu sistema de crenças viciados e que apenas tolhem os seus passos. Um Buda é um desalienador e isto começa também com o esvaziamento das mentes das falsas doutrinas. Quando dizemos que o Buda é o grande desperto, isto também significa que ele está livre das falsas doutrinas que tanto levam as pessoas a se acomodarem às suas ilusões e acharem que possuem todo o tempo do mundo para evoluir.

O universo místico, religioso e esotérico está repleto de crenças falaciosas, especialmente aquelas criadas nos tempos modernos sob o impacto do hibridismo cultural do Oriente. Tem-se por exemplo as falsas doutrinas raciais que falam de raças superiores e de raças que somente virão em milhões de anos mal disfarçando um colonialismo de base esotérica. E tão perigosa quanto isto são as doutrinas de reencarnação automática ou sem méritos que não passa de uma teoria laica, podendo colocar em risco a sobrevida de almas pouco inspiradas ao trabalho espiritual. 

Outro aspecto está também no resgate da socialização e por consequência também da reabilitação intelectual da humanidade, atualmente em risco e função das tendências da tecnologia opressiva. Porém para alcançar tais liberdades é preciso retiro, educação e treinamento, tal como Maitreya mesmo havia realizado em ashrams. Agora porém ele tinha em mãos pensar uma resposta para toda uma sociedade em transição.

Maitreya não desejava porém constituir meramente comunidades rurais ou ecovilas, e sim criar dinâmicas receptivas para que pudesse ocorrer as migrações em vista. E assim reuniu simpatizantes para começar os trabalhos. Sabia que ambientes rurais realmente eram importantes para várias finalidades, entre elas uma espiritualidade mais forte (como nos mosteiros e nos ashrams espirituais) e a própria produção agrícola. Contudo Maitreya também conhecida as dificuldades que muitas vezes se encontram nestes objetivos, de modo que compreendeu ser necessário pensar em aldeias e pequenas cidades, porque as pessoas ainda estavam muito acostumadas com as cidades, e na verdade a ideia de cidade também fornece o ecletismo necessário à causa. Uma síntese deveria ser assim muito mais bem-vinda do que as utopias rurais com as quais muitos sonham romanticamente sem nada contudo conseguir realizar. 

Outrossim, a experiência também demonstrava que a tentativa de reaproveitar antigos assentamentos tampouco era frutífera, porque o atavismo comprometia os esforços pela criação de novos paradigmas culturais. E assim a partir deste discernimento da necessidade de um caminho-do-meio inovador para as novas estruturas sociais, o trabalho de Maitreya pode então florescer com muito maior desenvoltura.

As aspirações de Maitreya não eram de todo estranhas às de muitos de sua geração, porém eram melhor elaboradas, coerentes e contavam com a determinação de pensar realmente no todo, o que é fundamental para um projeto civilizatório de longo alcance.

2. A Cidade-Mãe

A fim de não dispersar energias, Maitreya propôs a criação de uma primeira cidade, a ser considerada como uma verdadeira Cidade-Mãe. O título não seria casual, porque ali seriam reunidos todos os interessados por uma nova evolução da humanidade em todos os planos.

Quando a cidade atingisse um certo número de pessoas -em torno de dez mil almas-, a metade do grupo trataria de migrar para criar uma nova cidade. Obviamente este modelo se inspira tanto na ordem social indígena como na das colmeias de abelhas, tal como na própria mitose celular que multiplica a vida quando fecundada.

À medida em que novas cidades surgissem, ela poderiam ser cada vez mais individualizadas, reunindo pessoas cada vez mais afins em torno de certa religião ou de atividade social específica. Com isto Maitreya pretendia resgatar as bases orgânicas da democracia que havia falido nos novos países por causa dos excessos de contrastes e das divergências.

Contudo a grande base econômica das cidades seria sempre agroflorestal, e à medida em que as florestas produtivas seriam recuperadas, não apenas os animais regressariam como também os primitivos modelos de vida natural poderiam ser recuperados.

Maitreya não sentia-se na verdade um inovador e nem alimentava este tipo de aspiração. Sentia muito mais firmeza em aproveitar modelos históricos bem-sucedidos e apenas adaptá-los para as presentes circunstâncias. Havia compreendido perfeitamente que todas as Novas Eras estiveram embasadas em processos desta natureza, a partir de mosteiros que fora sendo cercados por vilas de simpatizantes. 

Deste modo a manifestação de uma nova espiritualidade também se encontra na base de tudo. Maitreya propunha uma espiritualidade básica pragmática e ambientalista, misto de xamanismo e franciscanismo. Naturalmente a libertação que Maitreya traz não é apenas material, mas também também espiritual. Isto se estende é claro que ao teor conhecimento, trazendo clareza e entendimento verdadeiro dos mistérios, razão pela qual as profecias do Oriente anunciam que calque tornará as mentes das pessoas translúcida como o cristal.

Por isto para os mais preparados Maitreya também ensinava os yogas mais avançados a fim de que se liberassem e se empoderassem espiritualmente para serem capazes de cumprir com os grandes objetivos da reforma da civilização. Afinal neste tipo de dinâmica espiritual de Era positiva como é Aquário, há pouco espaço para a mística contemplativa ou para a evasão das responsabilidades com o todo, posto que as consequências podem ser mesmo terríveis dada a força das energias que estão no ar...

E assim, da mesma forma como a Cidade-Mãe original fora criada numa região estratégica, as cidades derivadas deveriam permanecer na mesma região, porém dirigindo-se já para uma nova região a fim de preservar o presente e de preparar o futuro.

Havia com efeito fortes urgências de preservação em função da ganância e das pressões sobre as áreas florestais do país, com riscos de comprometer todo o ecossistema da nação e o futuro da sua capacidade produtiva.

A disseminação destas novas cidades ambientalistas nas orlas das grandes florestas, trataria de inibir as invasões e daria apoio aos nativos que também cuidavam da sua preservação. Mas para isto era preciso manter um duplo movimento: nutrir as cidades com migrações vindas dos litorais, e dividir as cidades quando chegassem a um tamanho ideal para formar novos núcleos.

Emissários seriam então continuamente enviados também para as cidades grandes a fim de fomentar localmente a comunicação com as sociedades locais sobre a necessidade de despertar e sair das velhas cidades doentias e também cuidar dos destinos da nação de forma paralela e independente, criando núcleos para os candidatos ao êxodo. 

Era fundamental que o movimento não se isolasse do mundo, porque isto poderia ser fatal para as suas aspirações sob vários aspectos. A experiência histórica da própria nação era rica para testemunhar nesta direção.

Os melhores discípulos eram colocados na coordenação destas novas Cidades de Luz, especialmente entre aqueles Iniciados Solares saídos dos círculos internos de Templários de Maitreya, capazes de assimilar os avançados Yogas de Luz e que representa de resto o grande patrimônio espiritual das Idades de Ouro das Civilizações. As monarquias solares historicamente conhecidas, derivaram também destas elevadas conquistas internas originais que tem formado gigantes do Espírito em todas as grandes nações.

3. Conclusões 

O grande objetivo de Maitreya era portanto preparar a humanidade para a sua nova Idade de Ouro. Outrossim Maitreya compreendia perfeitamente que a verdadeira Idade de Ouro ainda estava distante alguns séculos, e que um Avatar racial sempre vem num momento crucial para colocar as coisas no rumo certo sem riscos de tudo se perder. Assim ocorrera também a Krishna cuja missão estava basicamente em preparar os espíritos para cumprirem os seus deveres e inaugurar assim novas linhagens de Mestres e de Iniciados.

Tudo isto estava claramente delineado no Calendário Social a que ele teve acesso. Graças às suas iniciativas e de seus apoiadores, uma grande nação poder ser salva, recuperar o seu caminho maior e assegurar os seus passos futuros até alcançar o seu glorioso destino. 

Através disto grandes referências puderam ser criadas para todo o planeta. Curiosos e interessados vinham comumente de terras distantes para conhecer estes novos experimentos sociais a fim de reproduzi-los em suas próprias nações. Maitreya apreciava muito estas inciativas, pois ele também sabia que uma Idade de Ouro nunca acontece apenas numa só região, mas se alastra sempre em muitas partes criando assim um novo consenso luminoso no planeta.

Tudo aquilo que foi aqui apresentado é verdadeiro. Ou quase tudo. Sabemos como é difícil conseguir a cooperação das pessoas. Esta situação está presente em muitas narrativas antigas. Moisés precisou manter o povo do êxodo por quarenta anos no deserto para que fossem reeducados visando a completação da missão. Hoje em dia um atraso destas proporções teria consequências terríveis para todo o planeta... 

Ao longo das suas várias etapas de trabalhos Maitreya cumpriu muitas profecias. Os grandes sábios legam profecias aos seus seguidores para ajudá-los a ter consciência das etapas de transformação das coisas. Por conhecerem as tendências igrejistas das pessoas, assinalam assim a necessidade do não-sectarismo uma vez que o mundo está em contínuas mudanças. 

Os mitos messiânicos seriam apenas lendas como amiúde se diz? Talvez eles retratem aquilo que deveria ter acontecido se a humanidade colaborasse com Deus. Ou se as pessoas não ficassem paralizadas e seduzidos por suas ilusões e apegos ao invés de dar os passos para a sua verdadeira libertação e dos demais. Pois Deus nunca falta, mesmo quando as pessoas não estão preparadas para ele, porque o trabalho dos Mestres não se limita ao contato pessoal. 

Assim naquilo que diz respeito a Maitreya está tudo certo -ele realmente fez a sua parte com grandes esforços, renúncias e sacrifícios. De resto cada um faz suas próprias escolhas na vida e colhe as consequências. E disto tudo aquilo que resta mesmo muitas vezes para muitos são apenas histórias.


Nenhum comentário:

Postar um comentário