Vivemos graves tempos de consumação, onde as verdadeiras “chaves da
transição” já devem ser conhecidas para ser aplicadas e se começar a renovar as
coisas, antes que seja tarde demais e não restem sequer as sementes para
rebrotar sob as neves do mundo... ter estas “simples” respostas ansiadas e sua proposição, já
representa tudo o que se pode esperar num momento como este, para que as coisas
realmente possam começar a mudar.
E assim, investigando os Áureos Segredos daqueles que têm alcançado o milagre de transformar o mundo nos grandes momentos de crise da humanidade, a partir de pequenos grupos pioneiros de Servidores da Luz, podemos chegar apenas a duas conclusões definitivas, relativas às Grandes Leis de Redenção que abarcam o céu e a terra, as quais são: FRATERNIDADE UNIVERSAL e COMPAIXÃO UNIVERSAL.
Ou seja: a Fraternidade-dos-iguais (a Grande Irmandade daqueles que
alimentam metas semelhantes de evolução), como a “Chave da Vastidão” que
conquista o Espaço, a Terceira Dimensão, de um lado; e a
Compaixão-dos-desiguais (a Sagrada Hierarquia de auxílios dos maiores pelos
menores, aprendendo e ensinando portanto), como a “Chave da Profundidade” que
conquista o Tempo, a Quarta Dimensão, de outro lado.
Não se trata apenas de uma posição espiritual, mas de atitude estratégica
também, dentro da conhecida premissa sociológica de que “a união faz a força”.
Afinal, se faz necessária uma Nova Era!, devidamente socializada e instituída.
As pessoas às vezes não estimam a importância de valores como a da Fraternidade
e da Compaixão, e a forma como estas práticas têm feito o mundo avançar e se
renovar tantas e tantas vezes. E a partir destas sagradas Premissas Fundadoras
de equilíbrio, se erigem formas de selecionar e de agregar, como nas fórmulas alquímicas
de solve et coagula, visando a sadia reorganização das coisas.
São, ademais, princípios enfatizados pela Nova Era,
pois Aquário é o signo da Fraternidade (Maitri, em sânscrito, donde o
nome do avatar da Nova Era, Maitreya, o “Amistoso”), e a nova raça-raiz ou
civilização se dará sob a égide do Sexto Raio divino, de Idealismo e Devoção,
assim como de Compaixão (Karuna).
Através destes singelos gestos de boa-vontade,
passamos a dotar alguns dos preceitos mais luminosos que existem, emanados
diretamente do próprio coração do Cristo, como ao dizer o Senhor:
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
Pois quando evocamos neste aspecto “Aqueles que conhecem o Caminho”, fazemos
referência a termos da Tradição, porque “Caminho” tem sido usado muitas vezes
como sinônimo de Dharma e Lei espiritual. A forma mais explícita se acha no
Taoísmo, onde “Tao” se traduz por “caminho”, sendo sabido que esta doutrina se
volta justamente para o equilíbrio dos
opostos, inclusive em termos dos ciclos alternados. Outras filosofias e
religiões têm adotado a expressão, como o próprio Cristianismo nas suas
origens, doutrina que também prima por esforços na direção de harmonias,
especialmente entre o Eu e o Outro, que é uma das chaves capitais da
socialização, e de uma forma que se diria transversal ou espiral, já que abarca
tanto a fraternidade quanto a compaixão.
Quase todas as seitas, igrejas e sociedades místicas,
alimentam a idéia de ser a grande porta-voz da verdade e de reunir os
autênticos “escolhidos” de Deus, mesmo quando não expresse abertamente a
questão. Claro que isto é impossível de acontecer, porque os espíritos que
freqüentam estes ambientes são muito díspares. Por outro lado, em cada grupo
pode ter algumas pessoas realmente especiais...
Assim, como estamos tratando atualmente da
“consumação dos tempos”, vale mencionar quem seriam afinal estes verdadeiros
“escolhidos” para efetuar a transição e preparar a futura renovação dos tempos.
Quase ninguém ainda sabe que a data de 2012 rachou o tempo ao meio, e com ele
as pessoas e os grupos, demandando novas atitudes diante da vida e da
espiritualidade, já que toda uma nova raça-raiz se abriu ali...
Quem seriam, então, os verdadeiros “eleitos” de que
fala o Apocalipse de São João, e que aguardam sob o altar de Deus, até que
chegue a sua hora de agir para ajudar a consumar a renovação do mundo?
Ora, a separação do “joio e do trigo”, ou dos eleitos
e dos não-eleitos da Nova Era, não se dará meramente entre os espiritualistas e
os não-espiritualistas, ou entre pessoas supostamente virtuosas ou pecadoras, nem
mesmo entre esta ou aquela nação, e tampouco serão selecionadas apenas algumas
seitas supostamente verdadeiras ao invés de outras que não seriam... Mas sim
para separar todos aqueles que não são sectários, dentro de “todas” as
formas de pensamento existentes no planeta, enaltecendo assim os que buscam
tanto os meios de contemplar a unidade-das-visões, mas que também aspiram por
adaptar os recursos e o conhecimento para que o povo humilde também possa
participar das coisas novas, abarcando assim o vertical e o horizontal que faz
o Todo universal. É desta forma que será escolhida, pois, a nova Semeadura de
Noé - ou do Eón...
Por isto declarou Jesus em suas profecias: “Digo-vos
que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado.
Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois
estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado.” (Lc 17:34-6) Porque a
luz está disseminada um pouco em toda a parte, e porque sem união não acontece
a transformação necessária do mundo. Também foi dito pelos antigos profetas,
que o reino de Deus será formado por “um povo tirado de muitas nações”; afinal
se trata mesmo de uma seleção de almas.
A verdadeira essência deste “Novo Grupo de Servidores
do Mundo”,* será o amor à Verdade, acima de todo o separatismo,** e a palavra
viva acima de toda a letra morta, intuída pelo coração e expressa como
equilíbrio –o famoso “fio da navalha”-, como rezavam os mitos egípcios sobre o
destino da alma. Pois é a Verdade é a essência da Idade de Ouro que erige as
novas civilizações, como mostram os orientais ao designar este era dourada como
a “Idade da Verdade”.
Neste sentido, é que deve ser entendida a nobre
proposta de “formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem
distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor”, que é o Primeiro Objetivo da
Sociedade Teosófica, visando constituir aquela semente de unificação planetária
e de potencial transcendência cósmica.
Tal coisa se reforça pela posição do professor
Henrique José de Souza, Fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose: “Nós –
‘Teósofos’ ou ‘livres-pensadores’, não podemos comungar em religião alguma
positiva, seja hinduísmo, budismo, bramanismo, cristianismo, protestantismo ou
outra qualquer, porquanto o nosso único dogma é o da Fraternidade Humana – sem
distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor, e o nosso único e Supremo Mestre
dos Mestres – tal como vimos de explicar – é o nosso Eu-Divino, nosso Espírito,
cuja voz é a da Consciência emancipada e livre.” (1931, Diário o Carioca) Pois
quem almeja ajudar a criar uma nova humanidade não pode ter visão estreita e
sectária, mas “emancipada e livre”, porque aqui a ajuda de todos minimamente
despertos é importante para o sucesso da Obra, em todos os setores e correntes
de pensamento que existem.
Por outro lado, não seria talvez a melhor das idéias,
que estas pessoas especiais saíssem simplesmente dos seus antigos grupos, mas
sim que atuassem ali como sinuelos, educadores, pacificadores, esclarecedores,
unificadores, integradores enfim... agindo nisto inspiradas no trabalho do
Governo Interno do Mundo, como uma espécie de ioga-da-fraternidade!
E são unicamente estes que fazem esforços para
alcançar o novo da maneira correta, que levarão adiante todas as doutrinas hoje
existentes no planeta. Deve-se pois enxergar estes escolhidos, naqueles que
sabem eleger a todos e não apenas a si mesmos: somente o equilíbrio e a
unidade, poderia representar o Bem aos olhos de Deus e da evolução. Isto é
necessário e suficiente para “marcar a fronte” dos guerreiros da luz (Ap 7:3,
9:4, 14:1 e 22:4), caracterizando a natureza unificadora das suas mentes, e
definindo quem pertence ao passado e quem pertence ao futuro, na decisiva
divisão das Águas do Tempo.
Nenhum futuro existe apenas como fruto do acaso. Todo
futuro é criado e planejado, seja ele bom ou ruim, seguindo assim um caminho de
idéias e de estratégias. A estratégia do Bem é a paz, a harmonia e a
integração. Por isto, o “Selo dos Escolhidos” demonstra que estes apenas são os
“Eleitos” de Deus, porque eles decidiram escolher o Todo, dentro e fora de si
mesmos.
Acima: o “Selo dos Escolhidos”
Lê-se acima, neste “Sinal” de integração
chamado “o Selo dos Escolhidos”: “O amor conquista & vence: a fraternidade
entre os iguais, a compaixão entre os desiguais.” Esse é o verdadeiro “sinal da
cruz” para a humanidade, ainda que os mestres também sinalizem um certo “sinal
de Jonas” d’”aquele que tem a chave do céu e da terra” (que é um outro sentido
da cruz) por haver superado o umbral da morte... A Hybris humana sempre
se concentra e culmina no tema da morte, como se observa na Queda do Homem no
Genesis, de modo que a verdadeira e definitiva vitória sobre a morte, também
anuncia o começo da regeneração humana, tal como ocorre na superação da cruz
humana que os mestres conquistam.
Em contraparte, existe também o Selo do Diabo (do grego diabolos,
“separatividade”) marcado pelo Sectarismo e pelo Egoísmo, na luciférica sina da
rivalidade entre os iguais e da soberba ante os desiguais. Segundo o
Apocalipse, muitas pessoas também serão marcadas pela Besta na testa (13:16,
14:9, 17:5 e 20:4) ou nas mãos.
O Grande Selo da Conquista Espiritual, mostra as duas
pétalas (na cor verde da Esperança) do Portal Cósmico no chakra frontal, as
quais são como as asas do Caduceu ou as divisões do símbolo do Vajra, e
que podem ser elas mesmas tais hipóstases universais da Fraternidade e
da Compaixão, já que se relacionam às dualidades em geral, e cujo equilíbrio
induz ao Sagrado!
Pois é chegado o tempo de despertar a Mente-cristal,
como está escrito nas profecias sobre a época da consumação do Kalki Avatar,
para efetuar este decisiva renovação do mundo. O cristal representa algo
material ou manifestado, porém translúcido pelo qual passa a luz (às vezes até
se o denomina poeticamente de “luz condensada”), para ser redundante; da mesma
forma, a Mente-cristal (no Budismo Tibetano existe uma expressão semelhante, vajramanas)
é naturalmente clara e objetiva, pouco sujeita a fantasias, antes dotada com os
dons da Ciência, porém capaz de incluir todas as dádivas da espiritualidade.
Quando esta conscientização acontecer para um número
suficiente de pessoas, então todas as profecias realmente se consumarão, e todo
este mundo entrará em convulsão, anunciando o parto do seu porvir... Ou, como
está escrito:
“E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que
tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem
fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
dizendo: ‘Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que
hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.’ E ouvi o número
dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as
tribos dos filhos de Israel.” (Ap 7:2-4)
Daí, ser tão importante este despertar para o Todo,
como as verdadeiras chaves universais da renovação, dentro e fora de cada ser,
e a mais ampla difusão desta mensagem para que a Nova Era chegue de uma vez por
todas e para todos... porque se a proposta não for abrangente e unificadora, a
mudança não poderá começar a acontecer.
De modo que, como reza a revelação, dentre “todas as
tribos” as pessoas deverão ser assinaladas com esta mensagem. E quem não entrar
no verdadeiro Trabalho universal, ainda pode fazer o seu trabalho parcial, pois
não irá para nenhum inferno apenas por isto, muito embora corra o risco da
segunda morte (a morte da Alma) anunciada no Apocalipse, se fracassar na árdua
tarefa da sua completa transmutação, sob esta hora de “juízo” ou de repactuação
evolutiva na abertura na Nova Raça que já vivemos, e o que pode ser ainda pior
do que algum inferno...
Este juízo passa, pois, por cada um fazer nesta hora
a sua opção entre as distintas visões-de-redenção, que são oferecidas neste
momento da transição, onde se aportam as grandes verdades, as meias-verdades e
as grandes falsidades... E então discernir sobre o que são soluções para os
tempos e o que não são: sectarismo ou universalismo, inclusão ou exclusão,
realismo ou fantasia?
Aquelas pessoas sectárias e egoístas, não vão fazer parte de uma Nova Era, porque não possuem as virtudes fundamentais para transpor os grandes umbrais dos tempos. Elas estão mais em busca de cumprir o seu próprio dharma pessoal, e tem este direito, mas não significa que o alcançarão (especialmente os que carregam os seus egos inchados), porque os dharmas estão bastante empobrecidos na transição, coisa que todavia mal suspeitam, como tampouco imaginam que vivem a sua última encarnação, dado que a Velha Era terminou, trazendo consigo um “Juízo Final” e a demanda do cumprimento imediato do dharma racial, sob pena do retrocesso evolutivo e, em muito casos, até da extinção da alma na segunda morte...
Já aqueles que repactuam pelo
novo tempo, têm todas as chances de salvar-se sob os ensinamentos dos grandes
Mensageiros da Transição, que ainda reabrem a Seara do Tempo para os buscadores
da Verdade seguirem avançando ao longo da Nova Era através das reencarnações
redimensionadas. “Estreita é a porta, e apertado é o
caminho que leva à vida” (M 7:714),
disse Jesus, pois a Verdade é um atributo raro que permanece nas mãos dos
predestinados preparados por Deus. A verdadeira senda
é apresentada apenas por um Enviado (além de ter ela mesma os seus desafios
iniciáticos), em meio a tantos que oferecem todo tipo de coisa, as quais até
podem ter maior ou menor valor, mas não permitem o acesso real à transição e à
edificação do Novo, pois são mais como tijolos de uma estrutura do que a
própria estrutura em si, a qual apenas o Grande Vidente é capaz de conferir.
Por esta mesma razão, após o Novo Milênio, quando chega a hora de preparar uma Nova Civilização, os Mestres apenas terão em conta realmente aquelas pessoas que estiverem voltadas para o Novo Projeto de Civilização, e da forma correta como deve ser, sem utopias ou fantasias, ou sem a ilusão de querer consertar um sistema falido de massas (como a alimentar a cega pretensão de curar um mundo condenado), e nem de regressar a um idílio egoísta onde caibam apenas uma meia dúzia de "eleitos" (como a querer abandonar de todo a humanidade), mas antes sob uma fórmula-de-equilíbrio de verdadeira dimensão social -e que traga implícita uma positiva renovação cultural...
Pois os verdadeiros eleitos -repetimos- não são
aqueles que elegem apenas a si mesmos em primeiro lugar, mas que escolhem o
Todo, porém não algum “todo” pessoal, abstrato e subjetivo (que alguns chamam
equivocadamente de “holismo”), e sim o realmente universal que a Hierarquia
revela, pela evolução e integração do planeta (e que certamente passa pelo
“ecumenismo”). Não apenas o todo dentro de cada um, portanto, mas também cada
um dentro deste Todo maior e real, a ser alcançado através do preceito
horizontal da fraternidade e vertical da compaixão.
É que existe ademais sempre um mínimo de pessoas a
ser alcançada para ser eficiente esta renovação do mundo, que não é nem tanta
gente que possa alcançar a globalidade de coisa nenhuma, e nem tão pouca gente
que possa dispensar uma parte de cada coisa; por assim dizer. E então se faz o
milagre...
Afinal, aqui
estamos nós, neste mundão de Deus... mas, quem somos nós diante de tudo isto, e
o que somos afinal ante esta massa que rege o planeta com sua apatia? Quê
podemos fazer diante de um mundo tão grande? Porém, se queremos realmente
ajudar o mundo, existe sempre um mínimo a ser feito, envolvendo certo número de
pessoas, e não somente para um mesmo nível ou tipo de trabalho, e nisto as
pessoas mais simples também devem ser incluídas, para dar a sua própria
contribuição, porque o futuro não pertence apenas às elites, porque não basta
apenas um tipo de conhecimento para fazer frente ao Todo, e porque a
diversidade social é afinal uma das chaves do dom de mundo.
Cabe então buscar a meta da síntese e conhecer a
Ciência do Fractal, presente por exemplo na “teoria do centésimo macaco” (ou
Ressonância Mórfica, que se baseia na reprodução consciente de novos modelos,
previamente à sua universalização automática) e em tantas outras realidades
seminais, para ativar esta semente de transformação. Vale lembrar então, que o
fractal trabalha basicamente com o percentual de dez por cento. Por esta
razão é que a renovação de “uma grande nação”, costuma alcançar modificar todo
o planeta. Porém, isto também deve ser feito por partes, e os dados da
Jerusalém celeste do Apocalipse podem ser úteis nesta tarefa, tal como a
respeito dos 144 mil eleitos assinalados nas suas frontes, a serviço do Cristo,
e que seriam antes como o “fractal do fractal” e as verdadeiras sementes-de-luz
da renovação.
Naturalmente, o anarco-misticismo new age (e
que de New Age muito pouco possui) se apressou em julgar que a idéia tácita dos
eleitos serem escolhidos “por Deus” seria uma afronta ao seu “livre-arbítrio”,
e adotou a presunçosa idéia de que os “verdadeiros” eleitos são aqueles que “se
escolhem a si mesmos”, como se o mero voluntarismo a algo pudesse por si só
conduzir no campo espiritual ou em qualquer outro.
Costumamos lembrar que o termo “vocação” é usado no
contexto espiritual mais que em qualquer outro lugar, e esta vocação até pode
ter aspectos inatos e educacionais, porém ela costuma ser reforçada por um
“chamamento interior” que parece ter pouca vinculação com o passado (até porque
ela costuma acontecer bastante cedo na vida de alguém, em torno dos dezoito
anos de idade), soando antes a uma espécie de “revelação” sem maior vínculo
aparente com o mérito particular do indivíduo, e que antes o convida a renovar
a sua vida e a refazer profundamente a sua história pessoal, num esforço sem
data certa para terminar, e sendo mais certamente sem fim.
Se esquecem ademais os anarquistas, que a Verdade é
sempre algo mais que o mero “isto ou aquilo” maniqueísta ou antitético. A síntese
é que deve ser buscada, para dizer o mínimo, porque sem equilíbrio e harmonia
nada temos em mãos... Neste caso, o juízo de Deus (revelado por seus grandes
Mensageiros) deveria ser considerado soberano -sem com isto pretender desmerecer os
méritos individuais-, justamente por deter esta síntese a ainda mais, uma vez que o Senhor abarca a tudo e possui a visão da
Unidade das coisas. Os indivíduos que buscam a sua “divinização” possuem
geralmente os seus méritos, mas não podem querer rivalizar com o Criador (o que
quer que se entenda por tal) ou com os mestres consumados que O servem com plena abnegação.
E você, prezado leitor, considera-se assinalado pela
cruz que reúne o vertical e o horizontal, num todo sagrado e transcendental?
Aspira ser um com todos, igual a seus irmãos, e a serviço da sagrada unidade do
céu e da terra? Pois este é o “sinal da cruz” que Deus envia aos seus fiéis:
fraternidade & compaixão! Os verdadeiros discípulos da redenção, serão
aqueles que se sentirem efetivamente marcados por esta cruz de amor universal e
irradiação incondicional do saber, porque nem poderia ser de outro modo.
* No "Tratado sobre
Magia Branca", Bailey dá as regras para pertencer ao “Novo grupo de Servidores
do Mundo”. Declara que aquilo que impede é ter uma personalidade descoordenada
e a mente fraca, o sentido de separatividade, a posse de um credo e o orgulho e
a ambição. Em contraparte, para qualificar-se cabe observar “três regras
simples. Em primeiro lugar, aprender a praticar a inofensividade, segundo, não
querer nada para o eu separado, e em terceiro lugar, olhar o sinal da divindade
em tudo.”
** Neste pequeno
trecho, encontramos alusões a ensinamentos capitais às todas as fases do Plano
da Hierarquia, como “Não há religião superior à Verdade” (ciclo teosófico, HPB)
e “superação da separatividade” para acessar a mentalidade de Nova Era (ciclo
arcânico, AAB). Na última fase, há perfeita harmonia entre unidade e
diversidade (ciclo agarthino, LAWS) através do “ecumenismo solar”
(universalismo) do Pramantha revelado que a tudo revivifica &
renova. A expressão “(Novo) Grupo de Servidores do Mundo” é de origem teosófica
e neo-teosofista (Bailey).
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