O Reencantamento da Terra (Saúde e Psicologia)

Discorrer sobre os mistérios do Novo Evangelho, é trazer luz sobre pungentes questões que dizem respeito, de forma objetiva, acima de tudo à humanidade em seu próprio nível. É elucidar a natureza e as correlações de dois princípios terciárias, o Espírito Santo e a Criação, e é deitar as bases de um inédito humanismo espiritual. É aprofundar e universalizar, em definitivo, aos chamados Mistérios Marianos. Em termos práticos, é reconhecer na Natureza o fundo universal que possui, em termos físico, psicológico, mental e espiritual, além, de culturalmente, conferir à Ecologia a importância que merece, a partir da identificação de uma dimensão maior a ela relacionada, enquanto parte divina. É, enfim, ancorar no foro humano as maiores realizações possíveis, em temos de saúde, amor, ciência e sabedoria. O Evangelho da Natureza é a grande chave revelada para o resgate da magia e para o reencantamento da Terra.

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Cura Etérica - para além do passe

A enfermidade é praticamente uma fatalidade da vida, e foi por isto um dos motores para as buscas do Buda pela Verdade; afinal, para ficar doente basta apenas estar vivo. As causas das doenças podem ser muitas, e o próprio caminho espiritual, muito embora esteja dedicado à cura, também prevê provações importantes nessa direção.

Ao tratarmos do assunto da cura, devemos lembrar portanto que “a doença como caminho” -nome de um livro famoso em torno do assunto-, representa de um modo de outro uma verdadeira regra na senda espiritual, não apenas porque toda a senda representa alguma espécie de cura de alguma coisa, mas sobretudo porque em algum momento o buscador irá se deparar com provações ou com limitações bem reais e completas no seu caminho. 

A Fatalidade da Enfermidade

O trabalho de cura é uma realidade que perpassa toda a cena da espiritualidade, e em todos os planos de evolução. Em cada pla-no que se avança devemos encarar esforços de cura -físico, emo-cional, mental e até intuitivo. Esta cura significa purificar-nos de um lado, e aprender a andar nas regras da lei das coisas por outro lado. Para podermos avançar, precisamos ter os planos ou dimensões devidamente desimpedidos.

E neste aspecto, muitas são realmente as técnicas que terminam por ser empregadas nesses processos de autocura, havendo inclusive iogas que centralizam cada uma destas etapas, trazendo consigo todo um rol de instrumentos auxiliares ou em complemento.

As próprias iniciações avançadas estão intimamente relacionadas com esforços de autocura diante de certas provas de vida e morte que invariavelmente terá que enfrentar  –e na verdade este tipo de provação já está mesmo nos planos da iniciação da nova raça entrante. Então os conhecimentos sobre a cura espiritual poderão ajudar quando se tiver que encarar estas ou outras situações da vida, prevenindo inclusive contra a eventualidade da pessoa se sujeitar a terapias infrutíferas ou degradantes.

No presente trabalho iremos tratar então de recursos para a cura profunda, tanto física como espiritual. Assim como em termos teóricos e práticos. Nossa cultura valoriza muito os aspectos mecânicos e a funcionalidade objetiva do organismo, mas pouco conhece ou se interessa pelas questões mais sutis. O próprio conhecimento do sistema nervoso ou da neurologia é ainda muito incipiente na Ciência Moderna.

Quando conseguimos recuperar plenamente uma parte do corpo, é como se uma nuvem tivesse saído da frente do Sol, porque na verdade estamos também como que recuperando um pedaço de nossa alma também. Tal coisa acontece por causa da grande conexão existente entre os plenos nervosos do corpo e em especial com o próprio cérebro. Nada há nada no corpo que não afete o cérebro e vice-versa –entre outros órgãos próximos naturalmente. Em última análise, esses conhecimentos podem auxiliar a pessoa a viver mais e melhor diante dos desafios naturais da vida. 

Em nossas divulgações anteriores sobre a cura espiritual, fruto de décadas de práticas e treinamentos de esforços de autocura, oferecemos algumas técnicas inovadoras que aprendemos especialmente com os mestres da cura sutil nos planos espirituais, resultando na organização da obra “A Cura Crística” como uma espécie de reike avançado ou do resgate dos conhecimentos praticados também no Egito Antigo, pelos Terapeutas de Alexandria e por Jesus mesmo.

No presente trabalho queremos porém ir ainda além daquilo tudo que tem sido já apresentado, para tratar de técnicas avançadas ne cura espiritual, abrangendo aquilo que melhor se poderia denominar como manipulação e mesmo a cirurgia espiritual, que podem ser revelar muito úteis para situações mais críticas que exigem intervenções mais profundas, visando assim um decisivo aperfeiçoamento nas artes da Cura Espiritual.

Com isto estaremos avançando de forma também inédita a meio campo entre as duas práticas mais comuns no terreno da medicina espiritual, e que ainda usam em maior ou menos graus recursos físicos, como são a cura irradiada pelas mãos naturais na forma de passes, e a pseudo-cura polêmica da cirurgia mediúnica. 

No procedimento normal de cura colocamos a atenção numa área do corpo e “a energia segue o pensamento”, como que fechando assim uma corrente restauradora. Neste caso, a energia do próprio local do corpo é ativada pela nossa atenção. Contudo existem casos em que o traumatismo ou a contratura são tão fortes, que a área fica como que anestesiado e simplesmente não oferece resposta à nossa atenção. É como um estado de suspensão, uma letargia psíquica, uma perda de bhava ou de sensibilidade local. 

Tal como as nossas alegrias, as nossas dores ficam quase impreterivelmente somatizadas e cristalizadas em nosso corpo, mas quando o corpo se anestesia ou adormece isso não significa que elas vão realmente embora, apenas se tornam subconscientes e podem reduzir a nossa sensibilidade. Claro que diante deste quadro tudo é importante, inclusive terapia de análise psicológica profissional.

É preciso então saber identificar as condições de cada pessoa. Contraturas graves podem produzir curvatura da coluna e até bico de papagaio, os músculos podem ficar enrijecidos e sua movimentação das juntas produzir ruídos secos como de uma engrenagem mal lubrificada. Nestes casos é preciso reunir então vários métodos de cura e agregar alguns não usuais.

O papel das Cores e dos Minerais

É importante sempre começar com nossas orações e invocações. Pedir as bençãos dos Mestres e estar na Presença Divina sempre representa já metade do trabalho a ser feito.

A base da cura pode ser resumida na soma de consciência alinhada ou elevada, com emprego de energia concentrada. Estes dois fatores se retroalimentam então assegurando o sucesso da cura, inclusive em momentos de inconsciência como o sono. Sobre isto ainda podemos realizar o exercício consciente da cura dirigida para acelerar e completar a cura.

Aquilo que vamos tratar aqui diz respeito especialmente à meditação e à cura espiritual, a qual não dispensa outras formas de terapia, mas que pode começar a ser praticada deste os primeiros passos na senda da evolução, porque afinal este é o plano mais geral no qual o homem atual acha-se inserido.

No trabalho espiritual a cor sempre teve um papel importante, e ao falar de cor se está referindo naturalmente também à vibração -estamos falando sim de sons, tanto quanto de sentimentos-, tal como de uma forma toda especial ao reino mineral. Aliás quando se insinua em ocultismo a correspondência entre som e cor, isto pode estar indicando também a importância de tratar ambos de fato conjuntamente!

Todas as cores podem ter efeito no trabalho espiritual, seja para cura ou iniciação. Porém quem conhece a Cromatologia sabe que as cores primárias são as mais sintéticas e condensadas. 

Considerando tanto os espectros químico quanto o físico, duas cores são classicamente arroladas para estas finalidades: o verde para os planos mais densos e o azul para os planos mais sutis. Note-se que o Azul é o mais refinado no espectro químico ou denso, ao passo que o Verde é o mais básico no espectro físico ou sutil -o que pode dizer muito sobre a vocação e os potenciais destas cores no seu uso específico para a cura espiritual.

O amarelo atende por uma dimensão psíquica mais intermediária, e o vermelho resulta uma cor mais genérica sendo empregada para a estimulação.

As cores mais universais são o vermelho e o azul por frequentarem ambos os espectros, porém o vermelho cobre uma gama maior de frequências por estar presente nos seus extremos.

Ato seguinte toca notarem qual frequência devemos trabalhar tais vibrações. A magia da cura –tal como a própria iniciação espiritual- opera geralmente com duas forças particularmente potentes que são as vibrações dos metais e dos cristais.

O Metal está associado à nobreza e o Cristal se relaciona à espiritualidade, daí o primeiro estar mais direcionado aos planos densos e o último aos planos sutis. O som metálico é mais útil para a cura de tecidos, enquanto que o som cristalino é mais eficaz para a cura dos corpos espirituais.

Pode ser desafiador imaginar que os corpos sutis também podem se enfermar, porém esta é uma realidade e seria importante que as pessoas começassem a pensar nisto pois é inclusive neste plano de coisas que as enfermidades geralmente começam e também é ali que a maior parte da feitiçaria é praticada.

O pensamento animista atribui poder ao próprio objeto, este poder até pode existir em algum grau porém a verdadeira magnetização vem do pensamento, regra geral objetos são apenas apoios nos trabalhos espirituais de qualquer natureza, seja um incenso ou um pedra. Com isto já se está tratando do envolvimento do paciente com a sua própria cura, embora possa ser da mesma forma ainda uma ação dirigida do terapeuta. 

A verdadeira “cirurgia” espiritual

Hoje em dia quando se fala em cirurgia espiritual, logo vem à mente uma série de procedimentos fraudulentos criados no século passado envolvendo a sugestão e o emprego da pseudo-cirurgia física. Soa na verdade até curioso chamar de “cirurgia espiritual” procedimentos que ainda se valeriam de instrumento físicos na sua operação, reduzindo deste modo o recurso “espiritual” à simples presença de supostos médiuns por detrás do operador... 

Não casualmente muitos destes pseudo-curadores tem sido desmascarados e até denunciados por crimes vários. E para contornar estes problemas, alguns curadores mais espirituais têm preferido denominar suas práticas como “cirurgia psíquica”; de nossa parte também temos muita afeição pela expressão “cirurgia etérica”, uma vez que o campo etérico está muito próximo do sistema nervoso que é responsável pelas conexões luminosas no corpo físico.

De modo que estamos nos referindo aqui na verdade é o uso das próprias mãos etéricas como ferramenta de intervenção sutil, como uma projeção da vontade do curador. É bem portanto como uma atividade de fantasma ou, melhor dizendo, uma ação do perispírito do curador sobre o paciente, ou de uma pessoa sobre si mesma em prol da autocura, projetado por um ato de vontade. Nunca fomos favoráveis ao toque físico na cura espiritual, porém este tipo de manipulação e mesmo de invasividade sutil já representa assunto bem diferente.

A mente pode penetrar qualquer superfície, e muitas vezes com vantagem, pois carrega energia consigo. Por vezes não há realmente recurso melhor e mais eficiente do que a manipulação etérica sobre tecidos desconfigurados. Com isto já não se trata de passe simples e nem aposição das mãos físicas, mas sim do conceito de “mãos de luz” num sentido bastante literal, porque tampouco se trata de mãos físicas emanando supostamente energias e sim de mãos realmente etéricas em ação...

Durante as sessões de cura espiritual que recebi nos planos espirituais, não tenho como saber se alguns daqueles grandes curadores que me auxiliaram realizaram este tipo de manipulação sutil. Contudo, sabemos que os Mestres não nos dão as coisas prontas, mas muito mais apenas nos ensinam os caminhos. As técnicas que vou descrever aqui começaram a ser descobertas muito cedo em meus esforços de autocura, porém tardei vários anos para começar a desenvolvê-las realmente porque estava antes fomentando outros recursos e conhecimentos.

Estas técnicas básicas do sistema de cura que desenvolvemos está simbolizada pela tríade espiritual de som, luz e amor, envolvendo na prática o relaxamento, a visualização e a sonorização, mantendo porém ainda certa distância entre o paciente o curador.

Por si só esta potente combinação de recursos já representa um instrumento impecável, comprovado tradicionalmente pelo seu emprego nas técnicas avançadas de iniciação e de iluminação, mesmo porque incluiriam aqui a mesa de cura ou o trabalho grupal para potencializar ainda mais os efeitos. Contudo, há situações em que o quadro clínico do paciente está tão avançado que estes recursos necessitam ser ainda mais dinamizados. 

A cura espiritual atua muito ao nível do sistema nervoso, e começa a acontecer realmente quando as sinapses voltam a fluir normalmente, porque é isto afinal que simboliza o fluxo normal das coisas no organismo. Contudo, como alcançar afinal um organismo cujos terminais nervosos acham-se terminantemente bloqueados em função de rígidas contraturas ou de traumatismos ósseos como hérnias graves?

Traumatismos ósseos e contraturas musculares são coisas comumente relacionadas, cada um sendo capaz de produzir o outro como causa e efeito. Coisas assim fazem a pessoa se sentir vazia por dentro, prejudicando o seu bem-estar.

Na realidade este é um tipo de enfermidade bastante traiçoeira, porque resulta muitas vezes em adormecimento de setores importantes do sistema nervoso pinçado desta forma pelos traumas ósseos ou pelas próprias contraturas. O resultado é uma perda da qualidade energética e da sensibilidade, tal como uma redução da própria consciência e da capacidade de percepção das coisas. Como se lê em Castaneda boa parte da nossa memória fica armazenado no corpo, então ter segmentos corpóreos semi-funcionais prejudica também a integridade da nossa consciência.

Dizemos traiçoeiro por que muitas vezes a dor aparentemente passa apenas por que os nervos que transmitem as sensações de dor terminam adormecidos, e a pessoa pode confundir isso com algum tipo de melhora. Por isto no esforço de resgate da sensibilidade deste nervo também pode ressurgir a dor.

Aquele que almeja recuperar a saúde deve estar preparado para reviver a dor física e eventualmente psicológica do seu trauma como parte muito provável do próprio seu processo de cura. Estamos falando de qualquer forma em recuperação de qualidade de vida, em todos os níveis do ser naturalmente

Na verdade as técnicas preliminares não devem ser abandonadas quando se começa a empregar a manipulação etérica, pelo contrário, elas podem ser até incrementadas, com destaque para o próprio relaxamento. O paciente deve aprender a relaxar em cada respiração e depois em cada pulsação, até que o gesto se torne como uma segunda natureza. Tais processos rítmicos e vitais comportam a dialética de solve et coagula e devem ser aproveitados para se reconquistar o estado de relaxamento natural necessário.

Relaxar um corpo normal é rápido, o trabalho se assemelha ao de mover uma única pedra; na verdade a própria natureza já o faz grandemente através do sono. Já relaxar um corpo traumatizado ou totalmente contraturado é bem mais complicado, sendo mais parecido com mover toda uma pirâmide: necessita de muita dedicação, técnica, determinação e paciência. Mesmo assim, os resultados almejados ainda podem não ser obtidos dentro de tempo hábil.

Numa outra imagem, um corpo nesta situação é como olhar para um novelo todo ele reconfigurado na forma de nós cegos sobrepostos, a simples visão disto já poderia deixar totalmente desanimado qualquer pretendente a desnodá-lo... Naturalmente uma tal situação desalentadora não poderia ser enfrentada apenas com os recursos espirituais externos ou mais ou menos elementares, algo ainda mais incisivo e vigoroso poderá ser necessário aqui.

Há situações que simplesmente não serão solucionados sem uma espécie de tratamento de choque energético. Sem isto a pessoa poderá estar como que amarrada por um nó cego imune a uma cura qualquer. Os bloqueios provocados por contraturas muito graves podem impedir, tornar inócuos ou apenas paliativas a cura em certos pontos localizados, ao passo que uma vez solucionados esses bloqueios as curas podem acontecer até naturalmente.

As práticas avançadas que chamo de “mãos de luz”, na forma de uma manipulação astral ou etérica vigorosa e direcionada, representam pois um recurso que poderia ser de certa forma comparado com as modernas técnicas de laser que vem sendo desenvolvidas na Medicina. 

Para potencializar a ação destas mãos etéricas o curador sempre pode senti-las, imaginá-las e vibrá-las com som, luz e amor, que é a grande tríade de energias que de algum modo esta sempre por detrás de todas as coisas vivas do universo. Tal coisa denota pois como um resgate da sensibilidade e do refinamento dos sentidos, incluindo a capacidade de interação com a Natureza, com as pessoas e com a próprias Espiritualidade...

O emprego da mão etérica no interior no campo áurico e diretamente sobre os órgãos afetados, representa avançar para um outro nível de aplicação de cura espiritual, sendo capaz de oferecer múltiplos usos, do lenitivo à cauterização, a mão etérica possui muitas vantagens porque, além de poder penetrar em qualquer lugar, também pode ser moldada para adquirir qualquer tamanho que se necessite. Pode ser usado até mesmo como um desfibrilizador cardíaco sutil, de modo que disfunções como as produzidas pela fibromialgia também podem ser combatidas com muita eficácia.

Aliás, os cientistas poderiam pensar em adaptar o desfibrilador para aplicar em outros músculos do corpo também. A grande vantagem deste aparelho sobre outros mecânicos de massagem, incluindo a infusão de calor e a hidromassagem, é justamente porque o desfibrilador emite descargas elétricas, ajudando assim na revitalização dos tecidos -a menos é claro que o operador também incremente estes mecanismos com recursos mais energéticos.

Tenhamos porém em conta que as mãos também são poderosos instrumentos de irradiação, e isto vale igualmente para a sua expressão etérica ou sutil... Lembrando porém que sempre podemos dinamizar as nossas capacidades com os devidos recursos de magnetização ativa.

Por vezes podem ser necessário simular certos instrumentos. Se bem que a própria mão possa simular uma tesoura, uma pinça, uma vassoura, uma faca, tal como emplastros e unguentos ou ainda outros, o curador -que na verdade também é aqui um mago- também pode imaginar estes e outros instrumentos que necessite. Qualquer coisa, enfim; até mesmo britadeiras e maçaricos etéricos podem ser forjados para se tentar desconstruir carapaças musculares muito consolidadas. Lembre sempre que o seu instrumento de cura deverá ter forma, cor (luz) e vibração (som).

As famosas “mãos de luz” também podem se converter em garras penetrantes com raios. Para efeitos de curas físicas sempre pode ser importante o emprego de formas e de substâncias mágicas. Aqui devemos lembrar também que o recurso das chamadas “deidades iradas” do Budismo –com seus habituais atributos e instrumentos- se encontram entre aqueles destinados a superar os últimos obstáculos da senda, entre os quais facilmente pode se encontrar também os tradicionais desafios da saúde.

Modo geral, porém, já será suficiente realizar massagens energéticas, com gestos de apreensão e irradiações locais. O gesto de quebrar com as mãos também pode ser útil para desfazer estas estruturas enrijecidas, pois cada gesto tem o seu tipo específico de energia. E o material (“mágico” ou imaginativo) escolhido destes instrumentos também terá a sua importância; para a cirurgia alguns materiais são mais propícios em função da sua segurança e precisão.

O som de uma forte contratura se soltando pode ser semelhante ao de um galho se quebrando, surdo e sutil, e estes som podem ser usados pelo terapeuta como mantra para fazer avançar e disseminar o processo com ou sem o emprego de mãos sutis. Enfim a intuição e a imaginação têm o seu papel garantido nas artes mágicas da cura.

Sempre lembrando que podem existir áreas necessitando revitalização que exigirão um foco especial dirigido de atenção porque a energia já não se fixa naturalmente nelas. E é justamente nestes desertos da sensibilidade que são como zonas mortas que o trabalho mais importante deve ser realizado a fim de resgatar estas áreas adormecidas.

Definitivamente, a Medicina Espiritual não pode ficar apenas na superfície ou atuar somente com vibrações periféricas. A resposta para a frequente questão de se o curador espiritual pode ou não tocar no paciente, é que pode sim tocar etericamente, e inclusive deve fazê-lo quando as enfermidades estão mais arraigadas, sob pena dele não alcançar os resultados almejados na sua prática.

Os Três Princípios

É importante compreender contudo que estas técnicas não substituem de todo outras mais sutis e também mais densas. A meditação deve ser mantida como forma de carregar as energias, tal como outras intervenções como as massagens comuns. A prática etérica vem apenas em complemento com as outras práticas necessárias e não na sua substituição.

Então este pode ser um bom momento para pensar que a cura natural vem para todo aquele que cultiva a virtude e a energia. A saúde e a juventude é um estado natural do ser, especialmente quando a mente está elevada e o corpo regrado por bons hábitos.

Com isto podemos nos reportar a três matrizes energéticas conjuntas, a saber: acumulação física natural, conexão emocional com as fontes, e direção mental operativa. Com isto temos pois as três correntes necessárias para a cura, e lembrando inclusive que esta sequência tem a sua própria lógica.

Isto pode ser comparado então ao funcionamento de um aparelho elétrico. A peça deve estar em boas condições operativas e devemos contar com uma fonte de energia, o resto toca ao operador manusear. Até certo ponto a acumulação (pela castidade) e a virtude (pela via da oração por exemplo) fazem o trabalho sozinhas, porém se queremos ganhar tempo e vencer a entropia torna-se importante agregar também o esforço dirigido final (através da meditação) ou aquilo que podemos chamar de A Arte em si.

Lembrando também que o primeiro e o melhor laboratório de cura é a própria pessoa. Afinal ela é a grande interessada, quem mais tem a aprender com isto e pode se sujeitar a processos que podem chegar a ser até bastante demorados, o que significa dizer também que poderiam se tornar onerosos caso fosse depender de terceiros.

No nosso caso por exemplo, ao ver-nos impedidos de recorrer a um famoso curandeiro oriental da época (que mais tarde terminou sendo inclusive denunciado como fraudulento), terminamos tendo que descobrir caminhos próprios de autocura que resultaram também muito enriquecedores em termos espirituais. Por isto muitas escolas místicas apregoam que o iniciado deve ser capaz de se autocurar em primeiro lugar. A pessoa até pode pedir e receber ajuda na fase aguda das crises, mas não deve fazer da dependência alheia uma regra para o próprio bem-estar e integridade.


Sobre o Autor

Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV 

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