Saúde e Psicologia

Discorrer sobre os mistérios do Novo Evangelho, é trazer luz sobre pungentes questões que dizem respeito, de forma objetiva, acima de tudo à humanidade em seu próprio nível. É elucidar a natureza e as correlações de dois princípios terciárias, o Espírito Santo e a Criação, e é deitar as bases de um inédito humanismo espiritual. É aprofundar e universalizar, em definitivo, aos chamados Mistérios Marianos. Em termos práticos, é reconhecer na Natureza o fundo universal que possui, em termos físico, psicológico, mental e espiritual, além, de culturalmente, conferir à Ecologia a importância que merece, a partir da identificação de uma dimensão maior a ela relacionada, enquanto parte divina. É, enfim, ancorar no foro humano as maiores realizações possíveis, em temos de saúde, amor, ciência e sabedoria. O Evangelho da Natureza é a grande chave revelada para o resgate da magia e para o reencantamento da Terra.

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Sobre o Treinamento do Curador (Alice A. Bailey)


Nos limitaremos agora a reproduzir, neste segmento, as “Regras para o Curador” fornecidas na obra de Bailey “A Cura Esotérica”,* acreditando fornecer material para reflexão do leitor, e remetendo os interessados em maiores detalhes às fontes desta importante informação que é a citada obra, em dois Volumes, tendo por coluna dorsal as Regras abaixo citadas.

Já na Regra Um, a amanuense define o método e o objetivo das duas formas de cura, a magnética voltada para a cura física, e a radiativa voltada para a mais profunda cura espiritual.


As 15 “Qualidades que deve Possuir o Curador” apresentadas na sequência, complementa as Seis Regras de treinamento do Curador (havendo também as Nove Leis da Cura, não citadas aqui).

A fim de melhor fundamentar todo o assunto, também reproduzimos de início “Os Três Grupos de Leis”.


Três Grupos de Leis

Temos três grupos de leis, que regem a expressão do propósito vivente neste segundo sistema solar, um desenvolvido, outro em desenvolvimento e o terceiro latente e relativamente passivo.

1. As Leis da Natureza -as leis separatistas da natureza forma.

2. As Leis da Alma -as leis fusionantes da integridade grupal.

3. As Leis da Vida -as leis dinâmicas do Ser.


Sobre o treinamento do curador darei seis regras que regem (ou deverão reger) sua atividade. Recordem as duas palavras que dei anteriormente. Resumem a atividade do curador: MAGNETISMO e RADIAÇÃO. Ambas produzem diferentes efeitos, como veremos mais adiante.

As seis regras tratam unicamente da aplicação da integridade, alcançada nas condições e situações que o curador enfrenta. A integridade significa enfoque, tensão e expressão (simultaneamente captada, conscientemente gerada e dinamicamente empregada).


Regra Um

a. O curador deve tratar de vincular sua alma, coração, cérebro e mãos. Assim pode derramar a força vital curadora sobre o paciente. Isto é trabalho magnético. Pode curar a enfermidade ou acrescentar seu estado maligno, de acordo ao conhecimento do curador.

b. O curador deve tratar de vincular sua alma, cérebro, coração e emanação áurica. Assim sua presença pode nutrir a vida da alma do paciente. Isto é trabalho de irradiação. As mãos não são necessárias. A alma desprega o seu poder. A alma do paciente, através da resposta de sua aura, responde à irradiação da aura do curador, inundada pela energia da alma.


Regra Dois

O curador deve adquirir pureza magnética através da pureza de vida. Deve alcançar esta dispersiva irradiação, que se manifesta em todo homem que tem vinculado os centros da cabeça. Quando se estabelece tal campo magnético, então surge a irradiação.


Regra Três

O curador deve treinar-se a fim de conhecer o nível interno dos pensamentos e desejos de quem busca sua ajuda. Assim poderá conhecer a fonte de onde provém a doença. Deve relacionar a causa e o efeito, e conhecer o ponto exato pelo qual deve chegar o alívio.


Regra Quatro

O curador e o grupo de cura devem manter sujeita a vontade, pois não devem empregar a vontade, senão o amor.


Regra Cinco

Que o curador concentre a necessária energia no centro necessário.

Que este centro corresponda ao centro necessitado.

Que ambos se sincronizem e juntos aumentem a força.

Assim a forma que espera trabalhará equilibradamente.

Assim ambos centros e a forma, corretamente dirigidos, curarão.


Regra Seis

O cuidadoso diagnóstico da enfermidade, baseado em sintomas externos verificados, será simplificado em tal medida que, quando se conheça e isole o órgão envolvido, o centro do corpo etérico na mais estreita relação com ele, será submetido aos métodos de cura esotérica, ainda que não serão rechaçados os métodos comuns, paliativos, médicos ou cirúrgicos.


Qualidades que deve Possuir o Curador


Nas leis e regras que tenho dado se mencionam certas características necessárias do curador e também se indicam os requisitos indispensáveis. Estes exporemos primeiro, pois não só representam qualidades e atitudes essenciais para a prática exitosa da arte de curar, senão que indicam também porque -até a época atual- praticamente não se tem alcançado uma exitosa e sistemática cura de um paciente em nenhuma das atuais escolas de cura. Se tem produzido o que se poderia denominar “cura acidental”, porque o paciente se haveria curado de todo modo, não havendo chegado a hora de passar para o mais além.

A deliberada cura consciente, com pleno conhecimento, só ocorre quando o curador é um iniciado de alto grado, imitando a vida e natureza de Cristo.

Veremos agora as qualidades e atitudes indicadas.


1. O poder de fazer contato e trabalhar com a alma. “A arte do curador consiste em liberar a alma”. Pensem por um momento o que envolve este poder. O curador não só se acha em contato imediato e consciente com sua própria alma, senão que por meio desse contato pode facilmente fazer contato com a alma de seu paciente.

2. O poder de ordenar, da vontade espiritual. A lei particular envolvida no ato da cura deve ser “posta em atividade pela vontade espiritual”. Isto requer a capacidade de estabelecer contato com a Tríade espiritual. Portanto, o antahkarana deve estar mais ou menos em processo de construção.


3. O poder de estabelecer relação telepática. O curador deve “conhecer a etapa interna dos pensamentos e desejos” de seu paciente.


4. A posse de um conhecimento exato. Temos visto que deve “conhecer o ponto exato através do qual deve chegar o alívio”. Este é um ponto muito importante, o qual é passado totalmente por alto pelos assim chamados curadores, em certos movimentos como Ciência Cristã, Unity e outros. As curas não se alcançam mediante uma intensa afirmação da divindade ou por derramar simplesmente amor e expressar um indefinido misticismo. Se alcança pelo domínio da ciência exata de contato, de impressão, de invocação, mais uma compreensão do mecanismo sutil do veículo etérico.


5. O poder de inverter, reorientar e “exaltar” a consciência do paciente. O curador deve “elevar até a alma os olhos enfocados para baixo”. Isto se refere aos olhos do paciente. Esta declaração implica limitação, porque se o paciente não está na etapa de evolução onde isto é possível, nem no ponto de evolução onde possa fazer contato com sua própria alma, o trabalho do curador será inevitavelmente inútil. Por tanto, a esfera de ação do curador espiritual, está estritamente limitada a quem tem fé. A fé, não obstante, é a “evidência das coisas não vistas”; a maioria carece dessa evidência. A fé não é o pensamento ansioso nem uma esperança engenhosa. É a evidência de uma convicção bem fundamentada.


6. O poder de dirigir a energia da alma para a zona necessária. “O olho espiritual ou terceiro olho, dirige então a força curadora”. Isto pressupõe, por parte do curador, uma técnica científica, o correto funcionamento, dentro da cabeça, do mecanismo que recebe e dirige a força.


7. O poder de expressar a pureza magnética e a necessidade de radiação. “O curador deve adquirir pureza magnética... e alcançar uma radiação dispersadora”. Isto envolve uma grande disciplina pessoal na vida diária e o hábito de viver de forma pura. Inevitável e automaticamente a pureza dá por resultado a irradiação.


8. O poder de controlar a atividade do mecanismo da cabeça. O curador deve haver “vinculado os centros da cabeça”. O verdadeiro curador tem estabelecido uma zona magnética em sua cabeça, a qual se apresenta ou expressa por meio de uma definida e reconhecida radiação.


9. O poder sobre seus próprios centros. O curador deve “concentrar a necessária energia dentro do centro requerido”. O centro, no corpo do paciente, mais próximo ao lugar da perturbação física, deve chegar a ser receptivo à energia descarregada nele pelo correspondente centro no corpo do curador. Portanto será evidente quanto conhecimento e controle de energia requer o verdadeiro curador.


10. O poder de utilizar tanto os métodos exotéricos como os esotéricos de cura. O curador empregará os “métodos de cura ocultista, ainda que também se utilize dos métodos comuns de medicina e cirurgia”. Constantemente tenho acentuado que a natureza da medicina experimental é um dom de Deus, frase que qualifica a medicina atual e ainda mais a cura metafísica. Não é necessário chamar um curador espiritual para soldar os ossos quebrados ou para essas dificuldades que a medicina ortodoxa já tem dominado. Não obstante, a moral e condição general do paciente podem ser ajudados razoavelmente enquanto se aplica uma inteligente cirurgia e os conhecimentos médicos paliativos. Isto geralmente tende a ignorar o assim chamado curador metafísico. Com o tempo os curadores se classificarão em dois grupos:


Os curadores espirituais definidamente treinados.


Os curadores que tem desenvolvido menos poder, mas possuem suficiente irradiação e magnetismo para ajudar nos processos curativos comuns. Estes pelo geral trabalharão guiados pelo curador espiritual.


11. O poder para trabalhar magneticamente. Assim “pode derramar a vital força curadora sobre o paciente”. O curador realiza isto mediante a coordenação científica de seu equipamento, empregando as mãos como agente diretriz. Desta maneira a enfermidade pode ser curada, aliviada ou piorada, e inclusive produzir a morte. Portanto, a responsabilidade do curador é muito grande.


12. O poder para trabalhar com a irradiação. Assim “sua presença pode nutrir a vida da alma do paciente”. Isto também se realiza mediante um sistema de coordenação, mas nesse caso o agente de irradiação é a aura e não as mãos.


13. O poder para praticar durante todo o tempo uma total inofensividade. “O método que emprega o Uno Perfeito... é a inofensividade”. Se diz que envolve uma expressão positiva de equilíbrio, um ponto de vista includente e uma divina compreensão. Quantos curadores combinam estas três qualidades e trabalham por meio do amor?


14. O poder para controlar a vontade e trabalhar por meio do amor. “O curador... deve manter sujeitada a vontade”. Esta é uma das qualidades mais difíceis de desenvolver, porque a vontade do curador é frequentemente tão poderosa, em sua determinação por alcançar uma cura, que faz inútil o esforço para aplicar esse processo de cura. Desde o ângulo oposto, frequentemente o desejo sentimental e místico de amor ao paciente, inutiliza todo esforço para refrear a vontade. Recorde-se que a vontade espiritual deve ser como um tranquilo e profundo depósito de poder, respaldando toda expressão da energia de amor.


15. O poder eventual para aplicar a Lei da Vida. Sobre isto, pouco se pode dizer, porque só é aplicável a quem tem desenvolvido ou está desenvolvendo rapidamente a consciência da Tríade espiritual -algo todavia muito raro.

O estudo destes requisitos não deve produzir desalento. Este estudo servirá para estabelecer uma meta necessária para todos os curadores da Nova Era. Também explicará porquê os distintos sistemas de cura praticados hoje em todo o mundo (especialmente nos países anglo-americanos) tem fracassado notavelmente até agora apesar de suas pretensões. (...)


Mas hoje é tão grande a estimulação espiritual no mundo, e o número dos que respondem é tão enorme, que inevitavelmente um grande grupo poderá sair das fileiras da humanidade comum e entrar no sendeiro de discipulado. Por causa deste progresso surgirão -durante os próximos quinhentos anos- muitos curadores que preencherão em certa medida os requisitos enumerados. (Bailey, op. cit.)


* Publicado no Brasil pela Fundação Cultural Avatar, RJ.

Da obra "A Cura Crística", LAWS, EWd. Agartha, AP

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